26 fevereiro 2006

A Visita
Fui, fomos, melhor ainda, viemos, eu e minha irmã, Helene, visitar a família (Mamãe!) em Palmitos city. Pois bem, até aí nada de mais, digo, é o que se espera de uma família. Mas não, eu não passaria em branco. – Estamos no ônibus, eu e a Helene, bem sentadas (fui a primeira a entrar, procurei nossas poltronas e nos acomodamos) quando uma senhora se pára ao nosso lado e insistentemente diz que a sua poltrona é a 20, volto me pra ela e digo: sim, as nossas são a 15 e a 16! Ela me olha e diz: sim, mas estas são a 19 e a 20! Sinto o sangue tingir minhas faces, levanto, peço desculpas e sento no meu lugar. Novamente acomodadas não conseguimos sufocar o ataque de riso que já ameaçava explodir na cara da senhora, entre risos e lágrimas vamos relembrando os micos, vales, vexames dos últimos dias. “... E quando eu tava no último degrau vi que o Bill tava me olhando e CADABUF, tropecei num degrauzinho.” Dizia a He “Sim” concordo “tu não tropeçou no final da escada também? Acho que todo mundo já quase caiu sobre os vasos que ficam lá embaixo.” Estamos nos referindo a casa do Sandro, e por isso explano sobre a onipresença do pai deste. Cochilamos e acordo com o motorista gritando: Carazinho, 15 minutos de parada! Preciso ir ao banheiro, portanto desço, cara amassada de sono, cabelos com cara de “acordei agora” e encolhida de frio coloco os pés em terra firme com os joelhos levemente amolecidos pela viagem, quando olho para frente a fim de não atropelar ninguém vejo...
Não, não posso acreditar! A onipresença se comprova em pai e filho! O Sandro e o “Seu” Pai do Sandro. (Ele vai para Dois Vizinhos onde por acaso a He foi chamada para estudar, Mundo Cu.) *Ok, já na metrópole, hihi, minha mãe diz: vamos ao mercado? E vamos, eu, mamãe e minha irmã mais nova, Anne. Vou puxando o carrinho de compras pela parte da frente e estaciono junto ao açougue para esperar mami, Anne tagarela sem parar. Tudo no carrinho, dona Heidi nos chama para o caixa, automaticamente pego na grade frontal do dito cujo e CADABUF, AAAAAAHHHHHH. Todos me olham, Anne neste momento está correndo na direção oposta e se esconde atrás de uma prateleira, o carrinho jaz sobre meu pé e uma lata de qualquer coisa rola para longe. O mal já está feito, novo ataque de riso me assola enquanto tento erguer o carrinho numa tentativa frustrada, a Anne que a estas alturas já se conformou com o mico decide tirar meu pé de sob o amontoado de compras.* Noite de sábado, baile de carnaval em uma “Linha” (sub divisão da parte rural do município), a banda contratada toca forró, bandinhas, vanerão, e outros ritmos tradicionais de carnaval, danço com um amigo e em determinado momento quase abro um espacato numa poça de cerveja. “Muito bem, pra mim deu por hoje!” pensei, “Tenho um Harry Potter para ler e um cobertor quentinho a minha espera.” - Domingo, início da tarde, tempo nublado, estou de pijama e casaco curtindo o meu feriado de carnaval e grata por isso.