07 junho 2005

Para Karine!

Ontem andava eu pela rua fazendo considerações sobre meu estado de espírito e me ocorreu que ele estivesse da cor da minha camiseta, que era preta. Então pensei na Karine (por favor não se aborreça por ser citada), ela não vê com os olhos, vê com as mãos, com a alma, com o coração. Fiquei imaginando que esta era a melhor forma de falar sobre cores para ela, como eu sinto cada cor. Nesse momento eu passava por um plátano, árvore que nesta época é um espetáculo de cor. Traduzindo para sentimento vi que é como poesia, não poesia como “O Corvo” (nada contra), poesia de música bonita, aquelas que enchem o coração de calor.

Karine, azul claro; azul claro é como sentir o calor do sol na pele e o cheiro do mundo pegando sol, é morno. No entanto quando ele se mistura com o roxo e com o cinza, é como uma tempestade que se arma, aquele vento repentino, forte, que leva os cabelos para todos os lados e com cheiro de “vai chover logo e a terra vai se refrescar”. Parece um tanto aterrador não? A verdade é que depois cada árvore brilha no esplendor do seu verde maluco (que a gente até esquece que existe por conta da poluição e poeira) e eu volto a acreditar que a cidade é um ser vivo, com esperança de sobreviver, que respira por instante, por poucos que sejam, ar puro, livre de todo o negro da poluição.

A propósito, esta era a cor do meu estado de espírito no início, eu estava triste, me sentia vazia e só. Mas não pense mal desta cor, ela tem toda uma beleza, mas isso eu conto outro dia...

4 comentários:

Anônimo disse...

oi ur!!
po..
mr lindo isso q tu escrevst.........!

um bjao
KkH.=>

Ursula disse...

oi meninas, que bom que voces leram, ando meio sem computador por isso nao escrevi mais, voces tem blog ou flog?

Anônimo disse...

Lindo esse teu texto, demonstra uma grande sensibilidade. Muito bom mesmo.

Anônimo disse...

Sua sensibilidade que respira cada pequeno detalhe da existência me encanta com extrema profundidade...

É por isto tudo que gosto tanto de não apenas trabalhar contigo, mas estar contigo, sabendo que existe uma pessoa em que se pode confiar também a própria sensibilidade.

Beijo!
Felipe Vieira